MPRJ diz estar atento à política de segurança pública adotada no Estado

Ministério Público vai acompanhar investigações sobre as mortes da menina Ágatha Félix, de 8 anos, e do policial Leonardo dos Santos, em Niterói

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Por Mariana Durão
Atualização:

RIO - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) vai acompanhar as investigações conduzidas pela Polícia Civil para identificar as circunstâncias da morte da menina Ágatha Félix, de 8 anos, no Complexo do Alemão, e do policial Leonardo Oliveira dos Santos, morto no interior de uma viatura, em Niterói. A instituição disse, em nota, que está atenta à política pública de segurança que vem sendo adotada no Estado. 

Ágatha Félix, de 8 anos, foi atingida por um tiro de fuzil no Complexo do Alemão Foto: Pilar Olivares/Reuters

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No texto em que lamenta as mortes, o MPRJ lembra que tem o dever constitucional de exercer o controle externo da atividade policial. “O uso inapropriado ou extralegal da força letal pela polícia, quando desmedido e frequente, além de afetar a legitimidade da instituição policial, configura um problema público que deve ser debatido de forma ampla.” 

A nota destaca que a defesa do direito à vida é o princípio que deve nortear as políticas públicas na área de segurança com ações eficazes com o uso da inteligência, planejamento e técnica que atinjam os objetivos esperados pela sociedade, sem atentar contra a integridade da população. 

Corpo de Ágatha Félix, de 8 anos, foi enterrado neste domingo, 22, no Rio Foto: Carl de Souza/AFP

Por meio de seu centro de pesquisa (CENPE), o Ministério Público do Rioestá elaborando um “minucioso” estudo sobre o tema. O objetivo é que a atual política de segurança seja cuidadosamente analisada, para que tragédias como a morte de Ágatha não se repitam.

O MP fluminense diz ainda que tem o compromisso junto ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) de priorizar a apuração e a responsabilização de crimes que resultem na morte de crianças e adolescentes no Estado. 

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