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Mulheres começam a ocupar frente de batalhão da PM no sul fluminense

Elas cobram plano de saúde, pagamento do auxílio invalidez, adicional noturno e de periculosidade; preocupação é de que movimento no ES incentive ações no Rio

Por Clarissa Thomé
Atualização:
Não há informação se elas estão impedindo entrada e saída de veículos Foto: Reprodução

RIO - Mulheres começaram a ocupar na noite desta quinta-feira, 9, a frente do 28º Batalhão da PM (Volta Redonda), no sul fluminense. Com cartazes, elas cobram plano de saúde, pagamento do auxílio invalidez, adicional noturno e de periculosidade, entre outros benefícios. Os familiares dos PMs levaram cadeiras de praia para a porta da unidade.

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Não há informação se elas estão impedindo a entrada e saída de veículos, a exemplo do que ocorre no Espírito Santo. PMs ligaram as sirenes das viaturas ao passarem em frente ao local da mobilização. Há preocupação de que a mobilização no Estado capixaba incentive o movimento no Rio a partir desta sexta-feira, 10.

A maior parte dos servidores do Rio, entre eles os funcionários da Segurança, não recebeu o 13º salário. Também há reclamações sobre o pagamento do RAS Olímpico (chamado de 'bico oficial', é o pagamento feito pelo Estado para os agentes que trabalham durante as suas folgas).

O Estado informou na terça-feira que o serviço de inteligência da Polícia Militar e o do Exército estão monitorando grupos de familiares de PMs nas redes sociais. 

Para evitar um possível motim na área de segurança, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), garantiu o pagamento os salários dos servidores da segurança no próximo dia 14, com reajuste de até 10,22%.

Nesta quinta, Pezão descartou em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Estado, a hipótese de um motim da PM no Rio, a exemplo do que ocorre no Espírito Santo.

De acordo com Pezão, a situação está sendo monitorada, mas a alta cúpula da segurança no Estado - o secretário de Segurança Roberto Sá, o comandante da PM, Wolney Dias, e os comandantes de batalhões especiais - o tranquilizaram em reunião realizada na quarta no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense.

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"Não estou trabalhando com greve da PM", disse em entrevista ao Broadcast. "Estamos monitorando. Hoje em dia com as mídias sociais temos que tomar muito cuidado. Tem muito boato", disse.