Jardineiro é resgatado após passar cinco dias isolado em ilha a 1,2 km do Rio

Nelson Nedy Ribeiro foi arrastado da praia do Grumari, na zona oeste, até a Ilha das Palmas; para sobreviver, afirma ter comido dois limões e bebido água que achou em garrafa plástica

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Por Marcio Dolzan
Atualização:

RIO - Um homem que ficou isolado em uma ilha no litoral carioca por cinco dias contou que sobreviveu comendo limões, um pedaço de carvão e bebendo uma mistura de água potável com água do mar. Desaparecido desde segunda-feira, 8, o jardineiro Nelson Nedy Ribeiro, de 50 anos, foi resgatado pelos bombeiros no sábado, 13, após ser avistado por um banhista.

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O caso aconteceu em Grumari, na zona oeste da capital fluminense. O “náufrago carioca”foi arrastado por uma corrente marinha e foi parar na Ilha de Palmas, localizada a cerca de 1,3 km de distância.

Em entrevista à TV Globo, ele contou que perambulou pela ilha tentando encontrar um ponto em que pudesse ser avistado – sem sucesso. Por sorte, achou uma barraca usada por pescadores com um cobertor e um colchonete. Foi lá que ele se abrigou durante todo o período. O maior desafio, afirmou Nelson Nedy, foi vencer a fome e a sede.

A praia de Grumari, na zona oeste do Rio, onde Nelson Nedy Ribeiro foi arrastado por uma corrente marinha no último dia 8. Foto: Tasso Marcelo/Estadão

 "(Fiquei com) muito frio, sem água... Caiu uma chuvinha, eu colocava a mão nas gotinhas de chuva e apanhava, pra molhar a boca. Eu estava com muita sede", narrou. Foi quando ele encontrou duas garrafas d'água –apenas uma era limpa – e decidiu misturar com alguma que recolheu do mar de modo a ter o que beber por mais tempo.

Ribeiro contou ainda que se alimentou com dois limões cortados que encontrou na barraca e, no desespero, com um pedaço de carvão.

O jardineiro Nelson Nedy Ribeiro, de 50 anos,ficou cinco dias ilhado no Rio. Foto: Reprodução/Redes sociais

O homem só foi resgatado no sábado, depois que um banhista com uma moto aquática o avistou e chamou o Corpo de Bombeiros. Ribeiro foi levado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Apesar de apresentar alguns arranhões, ele passa bem e já foi liberado.

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