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Número de vítimas por chuvas na Região Serrana do Rio chega a 710

Equipes de resgate ainda buscam quase 200 pessoas que não foram localizadas pelos familiares; Nova Friburgo já soma 335 mortes

Por Efe
Atualização:

 

 

RIO - O número de vítimas das chuvas que castigaram a Região Serrana do estado do Rio de Janeiro subiu para 710, segundo boletim divulgado pela Defesa Civil. Os trabalhos de resgate estão concentrados em áreas que ainda permanecem isoladas após terem sido bloqueadas por toneladas de terra, lama e pedras que deslizaram das montanhas e soterraram centenas de casas. Segundo o boletim da Polícia Civil, a cidade mais afetada pelas chuvas foi Nova Friburgo, onde o número de vítimas chega a 335. As equipes de resgate também encontraram 292 corpos em Teresópolis, 62 em Petrópolis e 21 em Sumidouro.

 

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O número de mortos pode aumentar, já que as equipes de resgate ainda buscam quase 200 pessoas que não foram localizadas pelos familiares. Segundo a Defesa Civil, pelo menos 6.050 pessoas perderam suas casas e 7.780 tiveram de abandoná-las temporariamente e se abrigar em ginásios e escolas públicas.

 

O Governo Federal, que mobilizou vários ministérios para atender aos desabrigados e reforçar as equipes de resgate, enviará nesta terça-feira, 18, dois ministros à região.

 

 

Por determinação da presidente Dilma Rousseff, que na quinta-feira passada visitou as áreas mais afetadas com sete membros de seu Gabinete, os ministros da Defesa, Nelson Jobim, e Justiça, José Eduardo Cardozo, retornarão nesta terça-feira à Região Serrana para supervisionar os trabalhos de resgate e de reconstrução. Além de 1,5 mil socorristas do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil e da Polícia, cerca de mil membros das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança participam dos trabalhos de resgate.

 

As operações de resgate passaram a ser coordenadas no final de semana pelas Forças Armadas, que montaram uma base aérea de operações na Granja Comary, o campo de treinamentos da seleção brasileira de futebol em Teresópolis.

 

 

Segundo um estudo divulgado na segunda-feira pelo governo, cerca de 5 milhões de pessoas vivem em 500 áreas de risco no país. Os números foram divulgados pelo ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, em um ato no qual anunciou a criação de um sistema de alarme e prevenção de desastres naturais que estará pronto para operar em quatro anos.

 

A imprensa brasileira destacou nesta terça-feira que em 2005, após outra tragédia provocada pelas chuvas, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva também anunciou que montaria um sistema de alarme mais eficaz.

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