07 de março de 2017 | 10h52
RIO - A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) protocolou um documento no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a nomeação do filho do prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), para secretário da Casa Civil do município. A ordem alega que Marcelo Hodge Crivella “não detém qualquer experiência no campo da administração pública, possuindo formação em psicologia cristã e experiência somente na iniciativa privada”.
Além disso, a ordem rebate o argumento do prefeito de que a ação não atinge a súmula número 13 do STF, que trata do nepotismo na administração pública. “A nomeação afronta o interesse público, o princípio republicano e os princípios da moralidade administrativa, da impessoalidade e da eficiência”, diz no documento.
O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, suspendeu no dia 8 de fevereiro a nomeação de Hodge. Marco Aurélio atendeu a um pedido feito por um advogado que alegou haver "clara afronta ao Princípio da Moralidade insculpido na Constituição Federal" e que disse ser um caso de nepotismo.
Dias depois, Crivella foi até Brasília para tentar reverter a decisão. Ele encaminhou ao STF diplomas e até o histórico escolar do filho. Também enviou documentos que comprovam que Hodge não responde a processo judicial e que atestam sua formação acadêmica. O Ministério Público do Rio também recomendou ao prefeito que exonerasse o filho.
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