
19 de junho de 2011 | 10h59
O hasteamento da bandeira do Brasil em uma caixa d'água encerra a operação de ocupação do Morro da Mangueira no Rio de Janeiro na manhã deste domingo, 19. A operação foi coordenada pela Secretaria de Estado de Segurança e começou às 6 horas com o objetivo de dar início à instalação da 18ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio de Janeiro.
Foram mobilizados 750 homens da Polícia Militar, Civil, Fuzileiros navais e agentes da inteligência da Polícia Federal. Quatorze blindados, seis deles da Marinha foram utilizados para a entrada dos policiais no complexo. Também foram usados cinco helicópteros, sendo dois deles blindados. Não houve reação por parte dos moradores do Morro, que foram avisados com antecedência sobre a ocupação.
As equipes da PM que participaram da incursão pelo Morro da Mangueira utilizaram rádios transmissores com GPS. O equipamento permitiu que o comando da operação acompanhasse o deslocamento das equipes na comunidade. O objetivo era evitar que ocorresse saques e abusos como os registrados no Complexo do Alemão.
Outra novidade em relação às demais ocupações foi o fato de toda a operação ser acompanhada por defensores públicos. Carros da divisão de capturas (Polinter) usavam computadores para fazer o rastreamento de detidos e identificar se havia mandados de prisão contra eles. De acordo com as informações já divulgadas, algumas motos roubadas foram apreendidas, mas não foi feita nenhuma prisão.
Um helicóptero do Bope sobrevoou a área em uma "ação" psicológica para lançar panfletos com telefones do disk-denúncia.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança do Rio informou que a instalação da UPP deverá ser finalizada entre 30 e 60 dias; após este período, os agentes do Bope deixarão o complexo.
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