
26 de setembro de 2015 | 11h40
RIO - A manhã do primeiro sábado da Operação Verão, esquema de policiamento na orla das praias cariocas que engloba 700 policiais militares, começou nublada, quente e sem registros de arrastões ou atos de vandalismo. Com o sol entre nuvens, 34 pontos de blitz e até agentes do Batalhão de Choque, adolescentes de favelas da zona norte ainda não apareceram nos pontos de ônibus, e os veículos seguem vazios rumo à zona sul.
"Os sementes do mal não vieram até agora. Estão com medo dos tacos de beisebol", disse um motorista do ônibus 474 (Jacaré-Jardim de Alah), uma das principais linhas usadas por adolescentes que praticam os roubos nas praias. No domingo, 20, moradores organizados da zona sul agrediram passageiros desses ônibus, numa reação aos arrastões ocorridos na Praia de Ipanema e em ruas de Botafogo. "Hoje em dia eles não têm medo da polícia. Sai o sol, já era".
Rio tenta impedir ‘batalha nas praias’
Na Praia do Arpoador, em Ipanema, frequentadores disseram também que a situação está mais calma do que no fim de semana passado. "A essa hora já tinha um clima de tensão", comparou a funcionária de um quiosque, que preferiu não se identificar.
No Twitter, o perfil do governo do Estado postou mensagem em que explica que a Operação Verão foi antecipada para "que todos que querem ir à praia para se divertir, exercitar ou trabalhar cheguem em segurança".
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