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Para Maia, intervenção no Rio é 'salto triplo sem rede' e precisa dar certo

Presidente da Câmara admite que precisou ser convencido da necessidade de se colocar em prática plano de segurança

Por Isadora Peron , Igor Gadelha e Daiene Cardoso
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), repetiu diversas vezes nesta sexta-feira, 16, que a decisão de intervir na segurança pública do Rio é arriscada e precisa ser muito bem planejada para dar certo.

“Está se dando um salto triplo sem rede, não se pode errar com a intervenção”, disse Maia, durante café da manhã com jornalistas nesta sexta.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) Foto: Amanda Perobello/Estadão

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Maia admitiu que precisou ser convencido da necessidade de se colocar em prática o plano, que foi traçado pelo governo federal. O presidente da Câmara também afirmou que só foi comunicado após a decisão já ter sido tomada.

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A decisão de intervir na segurança do Estado foi tomada na noite de quinta, 15, em uma reunião no Palácio da Alvorada, da qual também participou governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB).

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O decreto, que será assinado pelo presidente Michel Temer nesta sexta, fará com que o Exército assuma a segurança pública do Estado, com responsabilidade sobre as polícias, bombeiros e a área de inteligência, inclusive com poder de prisão de seus membros. 

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Com isso, o entendimento é de que a votação da reforma da Previdência, prevista para a próxima semana, terá que ser suspensa, pois a Constituição não pode ser alterada durante a “vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio".

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