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Parte do comércio do Rio fecha por ordem atribuída ao tráfico

Medida seria represália à morte do traficante Leozinho dos Prazeres; corpos são achados em frente à hospital

Por Pedro Dantas e de O Estado de S. Paulo
Atualização:

O comércio amanheceu fechado no Rio Comprido, na zona norte do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, 22. A ordem teria partido de criminosos em represália à morte do traficante "Leozinho dos Prazeres", no Morro da Fallet. A Polícia Civil realiza operação favela de Vigário Geral, também na zona norte, em busca de armas e drogas. No entanto, a polícia ainda não deu informações sobre possíveis feridos. Desde sábado, 17, quando traficantes abateram um helicóptero da Polícia Militar (PM), 34 já morreram em confrontos armados, informou a corporação.

 

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Na noite de quarta-feira, 21, os corpos de dois homens mortos foram deixados em frente ao Hospital Getúlio Vargas, na Penha, na zona norte da cidade. De acordo com a PM, os dois seriam traficantes da Vila Cruzeiro e foram baleados ao trocar tiros na tarde de ontem com agentes do 16º Batalhão (Olaria). O motorista da van que transportou os cadáveres disse ter sido ameaçados por homens armados para levar as vítimas.

 

Na quarta-feira, as operações da PM, pela manhã e à tarde, provocaram o fechamento de escolas e a prisão de 17 pessoas. Ontem a polícia também apreendeu armamento pesado, como granadas, uma pistola e uma submetralhadora. Na Vila Cruzeiro, na Penha, dois moradores ficaram feridos na quarta-feira durante operação do 16º Batalhão de Polícia Militar de Olaria. A incursão de 70 policiais também resultou na prisão de dois homens. Na Rua Paul Muller, um dos acessos à favela, a polícia recolheu um obstáculo pontiagudo, conhecido como "jacaré", para furar pneus de viaturas. O confronto levou pânico ao local. No interior da favela, o estudante José Carlos Guimarães da Costa Júnior, de 18 anos, foi ferido com um tiro no tórax. A bala atingiu o fígado, onde ficou alojada. No início da noite, ele deixou consciente o centro cirúrgico. "Se quer saber quem manda aqui na boca, a polícia deve investigar. Não precisa entrar atirando. Isso é uma atitude nazista", disse o pai da vítima, José Carlos, de 50 anos.

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