
22 de janeiro de 2020 | 22h46
RIO - O pedreiro Samuel Meneses da Conceição, de 47 anos, morreu atingido na cabeça por uma bala perdida enquanto seguia para o trabalho, no Parque Proletário, uma das favelas do Complexo da Penha, na zona norte do Rio, na manhã desta quarta-feira (22). A Polícia Militar promovia uma operação na região e moradores acusam a PM de ser responsável pelo tiro que atingiu Conceição. A Polícia Civil e a Corregedoria da PM estão investigando o caso, e por enquanto não há conclusão quanto a isso.
Conceição começou a trabalhar em uma obra na terça-feira, 21, e iria iniciar seu segundo dia de trabalho. Ele caminhava pela Rua São Lucas quando foi atingido. Estava sozinho e, ao ser baleado, chegou a ser levado ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, onde já chegou morto.
Uma vizinha de Denise Medeiros, irmã de Conceição, passou pelo local logo depois que o pedreiro foi atingido e acabou informando Denise: “Ela levou a identidade dele até nossa casa. Perguntou se ele era nosso parente e disse que foi baleado e encontrado atrás de um supermercado. Eu vim para o (hospital) Getúlio Vargas e me disseram aqui que ele já chegou morto”, contou Denise ao jornal O Globo.
Conceição faria aniversário daqui a exatamente um mês. Ele era casado e tinha quatro filhos - os menores têm 10 e 5 anos. A operação policial foi realizada pelo Comando de Polícia Pacificadora a partir do final da madrugada e resultou em intensos tiroteios durante toda a manhã, principalmente na Vila Cruzeiro - outra das comunidades do complexo da Penha.
Segundo a PM, a corporação obteve informações de que traficantes que pretendem invadir o Morro do Adeus, no Complexo do Alemão (região vizinha ao complexo da Penha), estavam reunidos em favelas do Complexo da Penha.
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