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Perícia aponta que carro de jovens mortos no Rio recebeu 63 tiros

Policiais teriam feito 110 disparos na ação - 81 de fuzil e 30 de pistola; eles tiveram a prisão preventiva decretada

Por Constança Rezende
Atualização:
Os jovens foram fuzilados no carro em que estavam, um Palio branco Foto: JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS

Atualizada às 20h55

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RIO - Os quatro policiais militares que mataram cinco jovens em Costa Barros, na zona norte do Rio, no sábado, acertaram 63 tiros no Palio onde estavam as vítimas, conforme conclusão da perícia da Polícia Civil feita nesta quarta-feira, 2.

O programa Bom Dia Rio, da TV Globo, divulgou que os policiais militares fizeram 111 disparos na ação – 81 de fuzil e 30 de pistola. A informação teria sido obtida na análise das armas dos policiais. Em nota oficial, a PM informou que abriu um inquérito policial-militar (IPM) para esclarecer as circunstâncias do crime, que classificou como “hediondo”. Mas não confirmou o número de tiros disparados. 

Os soldados Thiago Resende Viana Barbosa e Antônio Carlos Gonçalves Filho, o sargento Márcio Darcy Alves dos Santos e o cabo Fabio Pizza Oliveira da Silva, todos do 41.º Batalhão, no Irajá, zona norte, estão presos. Wilton Júnior, de 20 anos; Wesley Rodrigues, de 25; Cleiton Corrêa de Souza, de 18; Carlos Eduardo da Silva de Souza, de 16; e Roberto de Souza Penha, de 16, foram mortos nas proximidades do Complexo da Pedreira. Segundo a Polícia Civil, as vítimas tinham voltado de um passeio quando foram surpreendidas pelos tiros dos PMs na Estrada João Paulo. 

Os policiais alegaram que o carro estaria ligado a um esquema de roubo de carga, o que não foi comprovado. A primeira perícia do Carlos Éboli também constatou que não foram feitos disparos de dentro do carro em que estavam os jovens.

A Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos e o Ministério Público receberam nesta quarta parentes dos jovens mortos e esclareceram procedimentos para a obtenção de indenização e ressarcimento das despesas com os funerais.  

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