PM acusado da morte da juíza Patrícia Acioli é preso no Rio

Em depoimento, um cabo da PM disse ao juiz que tenente-coronel foi o mandante do assassinado da juiza Patrícia Acioli, morta a tiros em agosto deste ano

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SÃO PAULO - O tenente-coronel Claudio Luiz Silva Oliveira, ex-comandante do 7º Batalhão, de Alcântara, em São Gonçalo, no Rio, um dos seis policiais militares acusados de envolvimento na morte da juíza Patrícia Acioli, foi preso na madrugada desta terça-feira, 27. Segundo a Polícia Militar, ele já foi exonerado do comando do 22ºBPM (Maré) e se encontra detido na carceragem do Batalhão de Choque.

 

 

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Além dele, outros cinco policiais militares tiveram a prisão decretada no final da noite de segunda-feira, 26, pelo juiz Peterson Barros Simões, da 3ª Vara Criminal de Niterói. 

Mais três militares, suspeitos de envolvimento no crime, já estão presos. A pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o tenente Daniel dos Santos Benitez Lopes e os cabos Sérgio Costa Júnior e Jefferson de Araújo Miranda foram transferidos, na semana passada, da Unidade Prisional da PM, em Benfica, na zona norte, para unidades diferentes.

 

Ao magistrado, um cabo da PM, preso por suposto envolvimento na morte da juíza e ameaçado de morte, aproveitando-se da delação premiada - que resulta em possível redução de pena - disse que o tenente-coronel teria sido o mandante do crime, ocorrido em 11 de agosto deste ano. O cabo e a família dele foram incluídos no programa de proteção à testemunha.

 

Outros cinco policiais, que faziam parte do Grupamento de Ações Táticas (GAT) e são acusados de forjar um auto de resistência para acobertar a morte de Diego Belini, de 18 anos, também tiveram a prisão decretada pela justiça de Niterói. O tenente-coronel, após a morte de Patrícia, foi um dos coronéis que trocaram de batalhão por decisão do Comando Geral da PM. Cláudio Luiz de Oliveira passou a comandar o Batalhão da Maré, na zona norte da capital.

 

Também nesta segunda-feira, o juiz Fábio Uchôa, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, decretou as prisões preventivas de sete PMs do Batalhão de Alcântara acusados de envolvimento em outro caso forjado de resistência com morte. O homicídio ocorreu em junho de 2010 na Fazenda dos Mineiros durante uma negociação, sem sucesso, para acerto de propina com traficantes.

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