RIO - A Polícia Militar exonerou seis oficiais que faziam parte da equipe da Corregedoria da PM que prendeu 62 policiais, de julho a setembro- primeiros meses do grupo no posto. Eles ocupavam as chefias de seis Delegacias de Polícia Judiciária Militar do Estado. Os dados foram obtidos pelo site G1.
Entre as exonerações, está o major Manuel Carlos Pontes, que cuidava de investigações sobre irregularidades cometidas por policiais de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). A retirada dos cinco majores e de um tenente-coronel aconteceu nesta quarta-feira, 1, um dia após a nomeação do novo corregedor-geral da PM, o coronel Jorge Fernando Pimenta, ex-comandante do Batalhão de Choque da corporação. Pimenta substituiu o corregedor Wanderby Braga de Medeiros, que pediu para deixar o cargo depois que a investigação sobre a morte da espanhola na Rocinha foi para a Divisão de Homicídios.
Medeiros e os seis exonerados foram transferidos para o departamento de pessoal da PM. A equipe também foi responsável por prender, no mês passado, o comandante da UPP do Caju, 0 major Alexandre Frugoni, e outros três policiais da unidade. Durante uma varredura da corregedoria na base da UPP, foram encontradas armas com numeração raspada, bombas de efeito moral, maconha e cocaína.
A assessoria de imprensa da Polícia Militar ignorou os questionamentos sobre os motivos que levaram às exonerações dos oficiais. Em resposta, o órgão enviou um breve currículo do novo corregedor-geral da PM. “O coronel Jorge Fernando Pimenta é oficial graduado em Direito, cursado em Investigação e Perícia Criminal e Inteligência Militar. O oficial serviu por mais de quatro anos na área jurídica da Corporação, com passagens pela Corregedoria da Polícia Militar e Assessoria Jurídica, inclusive já tendo atuado correcionalmente em diversos desvios de conduta de policiais”, informou.
Além disso, afirmou que “o novo corregedor indicou oficiais com experiência na área jurídica e correcional, dentre, eles estão o tenente-coronel Alessandro Raggio Santos que já foi assessor jurídico da Corporação e o tenente-coronel Gustavo Medeiros Bastos, oficial com larga experiência na área correcional, tendo atuado inclusive na prisão de policiais no caso do músico Rafael Mascarenhas, no ano de 2010”.