RIO - Após uma reviravolta nas investigações, um rapaz de 19 anos foi preso nesta segunda-feira, 28, na Tijuca (zona norte do Rio) acusado de atropelar e assaltar a empresária Flávia Ahrends Moreira, de 40 anos, e o marido dela Eduardo Baptista. O crime ocorreu em 7 de julho, quando o casal, acompanhado pelo filho de Eduardo, um menino de 10 anos, chegava em casa, na rua Santa Mariana, em Higienópolis (zona norte), vindo de uma festa. A empresária estava grávida de três meses e perdeu o bebê.
Nove dias depois do crime, dois rapazes foram presos enquanto assaltavam um posto de combustíveis em Benfica (zona norte), e a Polícia Civil afirmou que eles também haviam cometido o atropelamento e o assalto. As vítimas reconheceram a dupla, por fotos, e afirmaram ter 95% de certeza de que se tratava dos autores do crime.
Mas a investigação continuou e o telefone celular que havia sido roubado de Flávia permaneceu sendo monitorado. O acompanhamento das conversas mostrou que os crimes contra a empresária não haviam sido cometidos pela dupla apontada como suspeita, mas por Brendon Ferreira Arruda, de 19 anos, e Robson Ribeiro da Silva Ferreira, de 24 anos, que está foragido.
Segundo a polícia, foi ele quem deu a facada que atingiu a mão do marido de Flávia, enquanto Arruda dirigia o carro usado para atropelar a família. Em depoimento, segundo a polícia, Arruda confessou o crime e revelou que ele e o comparsa pretendiam matar Baptista porque o haviam confundido com um policial. “Pelo porte físico e corte de cabelo, Brendon disse que supôs que seria policial e, portanto, quis matar ele e a família. Tanto é que na denúncia descreve-se isso”, afirmou à TV Globo o promotor de Justiça Sauvei Lau. Ele denunciou Arruda e Ferreira pelos crimes cometidos contra Flávia e sua família.
Até as 20h15 desta terça-feira, a reportagem não havia conseguido identificar nenhum representante dos dois denunciados.