08 de abril de 2011 | 09h07
SÃO PAULO - Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) realizam perícia na manhã desta sexta-feira, 8, na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio, que ontem foi palco de um massacre nunca visto antes no Brasil. Pela manhã, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, entrou no colégio e atirou contra alunos e professores. Doze crianças morreram, sendo 10 meninas e 2 meninos.
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Os agentes do ICCE buscam por cápsulas de balas, marcas de sangue e outros objetos e detalhes que possam ser usados na investigação e na reconstituição do crime. Segundo relatos, Oliveira mandava que os alunos fossem para a parede e, indifente aos pedidos das crianças, atirava na cabeça.
Na tarde de ontem, os peritos estiveram na casa de Wellington para colher provas. O atirador deixou uma carta que é analisada pela Polícia Civil. Ele morava numa casa de alvenaria, em Sepetiba. O imóvel está em má condição de conservação - tem vidraças quebradas e pichações na fachada.
Depois de atirar contra as crianças, Wellington se matou. O suspeito entrou na escola, localizada na Rua General Bernardino de Matos, por volta das 8 horas, e disparou contra diversos alunos. Agentes do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) do Rio, que faziam uma fiscalização em uma rua próxima a da escola, foram avisados por uma das criança baleadas que havia um atirador dentro da escola.
Em seguida, policiais militares do Batalhão de Polícia Trânsito Rodoviário e Urbano (BPRV), que acompanhavam a ação do Detro, foram até o local e atiraram na perna de Wellington. Depois, ele se suicidou.
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