Mais sete policiais militares considerados foragidos desde a noite de segunda-feira, 17, foram presos, na manhã desta terça-feira, 18, no Rio de Janeiro. Eles são acusados de integrar um grupo de 59 PMs acusados de associação para o tráfico, corrupção ativa, passiva e concussão. Na segunda-feira, a Justiça expediu 59 mandados de prisão contra policiais militares do 15º Batalhão, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A PM ainda não divulgou os nomes e as circunstâncias da prisão dos policiais nesta terça. Rio deve pedir à Força Nacional que cubra área de PMs presos No Rio, 52 PMs são presos por corrupção Policiais são acusados de decapitar vítima Esquema funcionava havia 1 ano, diz delegado No início da tarde, o delegado André Drummond, titular da delegacia de Duque de Caxias (59º DP) que preside o inquérito que corre sob segredo de Justiça, começará a tomar os depoimentos dos policiais presos. O delegado acredita que o esquema que ligava os PMs aos traficantes das Favelas de Parada Angélica e Santa Lúcia funcionava havia um ano. Divididos em guarnições, os policiais recebiam "arregos" (pagamentos semanais) de até R$ 3 mil, conforme os serviços que prestavam aos bandidos. O esquema ligava os policiais a bandidos das Favelas de Parada Angélica e Santa Lúcia, distrito de Imbariê - cinco desses traficantes foram presos na blitz e dois continuam foragidos. "Os policiais prestavam assessoria para o tráfico. Uma parceria intolerável. A resposta penal deve ser severa", disse o procurador-geral de Justiça do Rio, Mafran Vieira. Texto alterado às 13h12 para acréscimo de informações.
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