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Polícia prende homem acusado de manter estúdio que promovia pornografia infantil no Rio

De acordo com a investigação, o alemão Klaus Berno Fischer filmava atos de violência sexual contra menores e vendia na deep web; ele estava foragido

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Por Roberta Jansen
Atualização:

O alemão Klaus Berno Fischer, de 73 anos, foi preso na noite desta quinta-feira, 13. De acordo com a investigação da 35ª DP (Campo Grande), ele mantinha um estúdio para produção de pornografia infantil em Santíssimo, na zona oeste do Rio. Ele filmava atos de violência sexual contra menores e vendia na deep web. No local onde o material era produzido, foram encontrados mais de 30 mil vídeos com crianças.

Polícia Civil do Rio de Janeiro investigar o caso do menino Henry Borel. Foto: Diego Reis/Polícia Civil RJ

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Segundo a polícia, Fischer prometia presentes e dinheiro para atrair os menores, que tinham idades que variavam de 5 a 15 anos. Uma mulher ainda não identificada seria usada para aliciar as crianças em comunidades carentes próximas. Na casa onde ele fazia as filmagens, os policiais encontraram brinquedos infantis, como balanços e gangorras, além de objetos de sadomasoquismo.

"Foi um choque", disse o delegado Luis Maurício Armond, em entrevista à TV Globo. "Nesse tempo de polícia que eu tenho, nunca havia visto uma coisa tão bizarra, tão agressiva. Terror, mesmo. Um horror era o que havia lá. Requintes de sadomasoquismo além do comum. Realmente fiquei horrorizado."

O local foi descoberto graças à denúncia de duas mulheres que procuraram a delegacia para denunciar que as filhas tinham sido abusadas sexualmente. Fischer vive no Brasil desde os anos 80 e é proprietário de uma agência de turismo em Copacabana.

O alemão foi preso em um sítio em Seropédica, na Baixada Fluminense - onde ele estava escondido. A prisão foi decretada pelo Plantão Judiciário. Segundo a polícia, no momento da abordagem, Fischer tentou fugir e sofreu uma queda, que provocou ferimentos no rosto dele.

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