Polícia prende suspeito de envolvimento na morte de turista argentino em Ipanema

O argentino morreu no último domingo, 26, depois de ser espancado por um grupo de brasileiros em frente a um bar em Ipanema, na zona sul

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Por Mariana Sallowicz e Fabio Grellet
Atualização:

RIO - A polícia prendeu na madrugada deste sábado um dos quatro suspeitos de envolvimento na morte do turista argentino Matías Sebastian Carena, de 28 anos. Pedro Henrique Marciano, 25 anos, foi encontrado na comunidade da Coreia, em Senador Camará, na zona oeste do Rio.

O argentino morreu no último domingo, 26, depois de ser espancado por um grupo de brasileiros em frente a um bar em Ipanema, na zona sul do Rio.

A PM informou ter recebido uma denúncia sobre o paradeiro de Marciano. Os policiais foram até a rua Tamboril, 272, onde prenderam o suspeito. A ocorrência foi registrada na 34ª DP (Bangu).

Briga que vitimou o argentino começou no Barzin, localizado em Ipanema Foto: Google Street View

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Na última terça-feira, 28, a Justiça do Rio decretou a prisão temporária de Marciano e mais dois suspeitos de envolvimento na morte do argentino. No dia seguinte, foi decretada a prisão de outra pessoa. Os outros suspeitos são Valterson Ferreira Cantuária, Júlio Cesar Oliveira Godinho eThiago Noroes Lessa Silva, o “Kadu Lessa”.

Cantuária, mais conhecido como Tody Cantuária, é músico e até novembro integrou o grupo de pagode Karametade. Ele é considerado foragido internacional por ter embarcado para Madri, na Espanha, no mesmo dia do crime.

Histórico. Carena estava com dois amigos, também argentinos, e foi atacado por um grupo de pelo menos quatro homens, todos brasileiros, após sair do Barzin, na Rua Vinícius de Moraes, por volta das 4h30. A briga teria começado depois que os argentinos contestaram o valor da conta da casa noturna. 

Houve acordo quanto a isso, mas os brasileiros passaram a zombar dos argentinos. Ao levar um soco (desferido por Cantuária, segundo a polícia), o argentino caiu, bateu a nuca no degrau de uma loja e desmaiou. Mesmo desacordado, continuou a ser agredido com socos e até uma muleta, que teria sido retirada de um morador de rua.

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Socorrido e colocado em um táxi, Carena morreu antes de chegar ao Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon (zona sul). Segundo o laudo da necropsia, a causa da morte foi "contusão de crânio com hemorragia das meninges". 

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