Policiais civis do Rio entram em greve por 3 dias

Secretário reconhece a defasagem salarial da categoria, mas avalia que a polícia do Rio vive um bom momento

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Por Alexandre Rodrigues
Atualização:

Policiais civis do Rio iniciaram nesta segunda-feira, 20, um movimento grevista que prevê 72 horas de paralisação nos serviços de atendimento ao público e registro de ocorrências leves - lesão corporal e furto, por exemplo. "Sabemos que o setor burocrático das delegacias não pára. Mas a nossa orientação é para que somente 30% do efetivo trabalhe em cada delegacia e que atuem somente nos casos mais graves, como homicídio, flagrante, ou remoção de cadáver", afirmou o vice-presidente do Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil (Sinpol), Natalício Araújo. Os policiais pedem o reescalonamento da categoria. Em 2000, no primeiro governo Anthony Garotinho, houve um erro na edição do plano de cargos e salários. Parte dos inspetores (cargo que exige nível superior) passou a ganhar menos do que investigadores (nível médio). "É inadmissível que um investigador ganhe mais do que o seu superior hierárquico". Pelo reescalonamento, os salários aumentariam entre 50% e 70%. O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, lamentou o movimento grevista de policiais civis no Estado. O secretário reconhece a defasagem salarial da categoria, mas avalia que a polícia do Rio vive um bom momento em relação à aquisição de novos equipamentos, decorrentes dos Jogos Pan-Americanos, e a motivação dos policiais com o planejamento de operações contra o tráfico de drogas e medidas de aprimoramento de gestão e treinamento. O governador do Rio, Sérgio Cabral repetiu que cortará o ponto dos grevistas. Ele afirmou que a greve "não tem cabimento".

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