Policial militar de UPP na zona norte do Rio é baleado em ronda

Soldado, identificado apenas como Camilo, trabalhava na UPP Camarista Méier; responsável pelos disparos não foi preso

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Por Fabio Grellet
Atualização:

Atualizada às 22h44

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RIO - Um soldado de 33 anos que trabalhava na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Camarista Méier, na zona norte do Rio, foi baleado na cabeça enquanto fazia ronda de rotina na região conhecida como Gambá, no complexo de favelas de Lins de Vasconcelos, na zona norte, por volta das 13 horas, e está internado em estado grave. O responsável pelos disparos não foi preso.

O soldado, que foi identificado apenas como Camilo, foi socorrido e levado para o Hospital Naval Marcílio Dias, na mesma região. Ele foi submetido a cirurgia. A Coordenadoria de Polícia Pacificadora chegou a confirmar a morte do policial na noite desta segunda, mas voltou atrás e corrigiu a informação mais tarde.

Segundo a polícia, Camilo estava fazendo ronda de rotina, acompanhado por outros policiais, quando foi atingido pelos disparos. A PM passou a tarde tentando, sem sucesso, identificar e prender os responsáveis pelos tiros. O caso foi registrado na 26ª DP (Méier).

Na tarde desta segunda também ocorreram tiroteios na Vila do João, área do complexo de favelas da Maré, que está ocupada por tropas federais durante o processo de pacificação.

Violência. Ao longo da semana passada o Rio registrou ataques promovidos por criminosos em vários bairros da zona norte. Entre segunda e quinta-feira houve confrontos, entre bandidos de facções rivais ou entre eles e a polícia, em lugares como o complexo de favelas do Alemão e da Penha, a Mangueira, a Maré (todos na zona norte do Rio) e também em Niterói, na Região Metropolitana. Em três dias, cinco pessoas morreram em oito favelas pacificadas ou em processo de pacificação.

A Avenida Brasil, principal via de acesso ao Rio, chegou a ser interditada para operações das tropas que ocupam a Maré e estavam combatendo a ação de criminosos. Na quinta-feira, 2, o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, considerou que havia uma "predisposição" para confrontos no período eleitoral.

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Desde o início do ano, mais de 40 policiais que atuam em UPPs foram atacados por criminosos. Um dos casos de maior repercussão ocorreu em 11 de setembro, quando o capitão Uanderson Manoel da Silva, de 34 anos, comandante da UPP Nova Brasília, no complexo do Alemão, foi morto durante um confronto com traficantes. Foi o primeiro comandante de UPP assassinado nessas circunstâncias.

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