Portela faz desfile luxuoso e empolga o público

Dona de uma das maiores torcidas dentre as escolas de samba do Rio, só rivalizando com a Mangueira, e embalada por um bom samba, a Portela contagiou o público e terminou o desfile muito aplaudida

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Por Fabio Grellet e Fernanda Nunes
Atualização:

A Portela foi a terceira agremiação a se apresentar no sambódromo do Rio de Janeiro na segunda noite de exibições das escolas de samba do Rio, já na madrugada desta terça-feira, 5. A escola emocionou o sambódromo ao homenagear a cantora portelense Clara Nunes (1942-1983), um ícone da escola de Madureira (bairro da zona norte do Rio). Sob o comando da experiente carnavalesca Rosa Magalhães, a escola apresentou fantasias e alegorias luxuosas e bem acabadas. O único senão à exibição foi ter corrido um pouco, no final. 

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Na foto, representação da cantora Clara Nunes. Foto: Wilton Junior/Estadão

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Sete vezes campeã do desfile (em 1982, 1994, 1995, 1999, 2000, 2001 e 2013), Rosa Magalhães costuma ser muito didática e luxuosa em suas criações, e foi assim na exibição desta madrugada. Retratou o bairro de Madureira, que já recebeu até uma réplica da torre Eiffel, durante um evento na década de 1920. Na ocasião, a artista plástica Tarsila do Amaral visitou o bairro, e depois pintou um quadro em que a torre é retratada. Tanto o monumento francês como a passagem da pintora por Madureira foram mencionados no enredo – o segundo carro alegórico trazia a torre. 

Seguiram-se menções ao carnaval em Madureira e ao primeiro desfile da Portela, ocorrido em 1924. O setor seguinte retratou a vida de Clara Nunes, com ênfase em sua religiosidade e à sua origem mineira (ela nasceu no interior mineiro e viveu no Estado até 1965). Dona de uma das maiores torcidas dentre as escolas de samba do Rio, só rivalizando com a Mangueira, e embalada por um bom samba, a Portela contagiou o público e terminou o desfile muito aplaudida. 

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