
25 de novembro de 2014 | 20h39
RIO - Região mais nobre de Niterói, a Praia de Icaraí é a campeã no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) da Região Metropolitana do Rio - com 0,962 (quanto mais perto de 1, mais desenvolvido), supera Leblon e Ipanema, bairros mais caros da orla carioca. Já a cidade de Itaboraí, distante 30 km de Niterói, tem as localidades com os piores IDHMs do Estado: 0,596. Japeri e Queimados, cidades na Baixada Fluminense, também estão na parte mais baixa do ranking.
Acompanhando a tendência nacional, os índices fluminenses melhoraram de 2000 para 2010, segundo a comparação feita pelo Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras. O IDHM geral pulou de 0,686 para 0,771. O salto mais significativo foi com relação à educação: passou de 0,548 para 0,686.
Em 2000, as localidades na categoria de desenvolvimento muito alto representavam 9% do total; em 2010, eram 26%; as com alto desenvolvimento passaram de 22% para 37%.
Resultado. No caso de Icaraí, o bom resultado se explica por uma combinação de fatores: a concentração de aposentados com alto soldo, a baixa taxa de fertilidade, o que faz aumentar o cálculo da renda per capita, e a ausência de favelas. A análise é do professor da Universidade Federal do Rio (UFRJ) Mauro Osorio, doutor em planejamento urbano e regional.
Os 21 municípios da região metropolitana do Rio se separam em dois grupos, Osorio explica: as áreas mais nobres do Rio (zona sul, grande Tijuca e Barra da Tijuca), acrescidas de Niterói, de um lado, e o resto da capital e as outras 19 cidades, de outro.
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