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Recomposição de acervo do Museu Nacional deve contar com ajuda do Parlamento Europeu

Diversos países demonstraram interesse em auxiliar na reconstrução do museu destruído pelo incêndio. Ações emergenciais deverão ser definidas na próxima sexta-feira

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Por Redação
Atualização:

O apoio internacional envolvendo vários países em busca de ações para reconstrução e restauração do Museu Nacional do Rio de Janeiro deve chegar até o Parlamento Europeu. O governo da Bulgária se colocou à disposição do Brasil para fazer os encaminhamentos necessários. Além disso, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e vários governos também apresentaram propostas de ajuda.

Polícia Federal realiza perícia no Museu Nacional, destruído por um incêndio no domingo passado Foto: Wilton Júnior/Estadão

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Nos próximos dias, chegará ao Rio de Janeiro uma missão do Centro de Estudos sobre a Preservação e Restauração de Bens Culturas (Icrom), vinculado à Unesco, para verificar o que pode ser feito em relação ao acervo do museu, que reunia 20 milhões de itens, nos mais distintos campos, como arqueologia, zoologia, botânica e outros.

O apoio internacional foi um apelo direto do presidente Michel Temer a todos os governos. Ele montou um comitê gestor interministerial, incluindo quatro áreas distintas do governo brasileiro, para administrar o trabalho de cooperação.

Com vasto conhecimento na área de museologia e arqueologia, o México ofereceu ajuda para a recuperação e o restauro do acervo nesses campos. O governo da China também se colocou à disposição.

As autoridades do Chile entraram em contato com o governo brasileiro e ofereceram apoio para os acervos de arqueologia e preservação do patrimônio.

Logo após o incêndio, o presidente da França, Emmanuel Macrom, e o ministro da Cultura de Portugal, Luís Filipi Castro Mendes, também se colocaram à disposição.

Em nota, a Embaixada do Egito se dispôs a cooperar também nas áreas de arqueologia e museologia e pediu informações sobre as peças egísicias aingidas pelo fogo. O Museu Nacional do Rio reunia uma vasta coleção de múmias egípcias, adquirida por D. Pedro II, que era apaixonado por história, especialmente da Antiguidade.

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Até sexta-feira, 7, os integrantes do recém-criado comitê gestor interministerial – Relações Exteriores, Cultura, Educação e Casa Civil – devem se encontrar para definir as ações emergenciais. Por enquanto, as reuniões são feitas de forma integrada com outras áreas.

A previsão é que, pelos próximos 12 meses, seja organizada toda a reestruturação do Museu Nacional do Rio, inclusive o novo acervo – pois 90% do atual foram consumidos pelas chamas.

Paralelamente aos projetos e obras de arquitetura, o governo quer realizar uma campaha internacional para recompor, mediante doações e aquisições, o acervo do Museu Nacional. /AGÊNCIA BRASIL

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