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Rio proíbe fogos de artifício com som acima de 85 decibéis

A medida não afeta o espetáculo de fogos no réveillon. Crivella levou em consideração a opinião de médicos que acreditam que o barulho é prejudicial à saúde de pessoas e animais

Por Agência Brasil
Atualização:

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, decidiu proibir a fabricação, comercialização e uso de fogos de artifício cujo som ultrapasse 85 decibéis. O decreto está publicado no Diário Oficial do município desta sexta-feira, 28, em edição extraordinária. 

Entre os motivos para tomar tal medida, o prefeito levou em consideração a opinião de médicos que acreditam ser prejudicial à saúde de pessoas e animais, inclusive com risco de perda auditiva irreversível, qualquer explosão intensa desses artefatos acima do limite imposto.

Quem descumprir o decreto ficará sujeito à notificação, apreensão e multa no valor de R$ 500 Foto: Riotur/Fernando Maia

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O texto estabelece uma única exceção: só está permitido o uso de fogos de artifício acima de 85 decibéis em eventos com patrocínio do Poder Público, quando a explosão se der a partir do mar. A medida não afeta o espetáculo de fogos no réveillon. Também poderão ser utilizados artefatos comprados antes da publicação do decreto, pelo prazo de até seis meses, desde que comprovado por meio de nota fiscal.

Quem descumprir o decreto ficará sujeito à notificação, apreensão e multa no valor de R$ 500. No caso de pessoa jurídica, a multa passa a ser de R$ 5 mil, dobrando sucessivamente em cada reincidência. O estabelecimento pode ainda ser interditado parcial ou totalmente, além de ter o alvará de licença cassado, a partir da terceira reincidência.

Durante esse réveillon, a Guarda Municipal vai atuar de forma educativa e não punitiva, orientando as pessoas que usarem fogos de artifício sobre as novas regras.

Capitania dos Portos inspeciona balsas

As balsas que abrigam os fogos de artifício para a festa de Réveillon no Riode Janeiro estão sendo vistoriadas pela Capitania dos Portos da Marinha. Os equipamentos estão em condições normais e aptas a seguir para a orla da Praia de Copacabana, na zona sul.

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Durante a montagem, as balsas ficam na Ilha do Governador, seguindo para Copacabana na noite do dia 30. A expectativa é que cheguem à praia às 11h do dia 31, com a ajuda de 26 embarcações envolvidas na operação de transporte.

O capitão dos Portos do Rio de Janeiro, André Luiz de Andrade Felix, explicou que durante o transporte das balsas a baía estará fechada para entrada e saída de embarcações, conforme o aviso já emitido aos navegantes.

“Durante o período, verificamos a estanqueidade das balsas, a condição de navegação com segurança, a parte estrutural e ainda, a parte de documentação para ir até Copacabana. Por enquanto, está tudo normal, assim como todos os anos”, disse o capitão.

A Polícia Civil, por meio da Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos (CFAE), já deu aval positivo aos fogos. “As balsas já foram vistoriadas, os quesitos segurança em relação aos fogos pirotécnicos, sua montagem, qualidade do material utilizado, habilidade dos profissionais que estão trabalhando no evento foram aprovados”, informou o coordenador da CFAE, delegado Rafael Willis.

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Para a virada do ano, a queima de fogos em Copacabana promete uma novidade: bombas de alto calibre com efeito 3D. Segundo a empresa responsável pelos fogos, o equipamento formará figuras geométricas no céu. As tradicionais carinhas felizes, corações e cascatas estão garantidas, informou o técnico responsável pelos fogos, Marcelo de Andrade

Serão espalhadas 10 balsas ao redor da orla, uma a menos do que no ano passado. “Grandes momentos de abertura vão preencher Copacabana de fora a fora e, para isso, foi preciso, sim, diminuir uma balsa para aumentar a distância entre elas”, disse. Os fogos podem chegar a 300 metros de altura com a nova tecnologia.

Tempo do show

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O tempo do show pirotécnico também foi alterado para 14 minutos, 3 a menos do que no Réveillon 2018. Segundo o presidente da Empresa de Turismo do Município do Riode Janeiro (Riotur), Marcelo Alves, a redução foi pensada estrategicamente para valorizar ainda mais o espetáculo.

“Não é o tempo da queima que determina um grande espetáculo pirotécnico. Quatorze minutos é o tempo ideal, principalmente também para que a gente evite fumaça, já que o verão é uma estação que tem muita umidade e naturalmente gera fumaça”, diz.

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O Rio comemora o número recorde de turistas que participarão da festa de fim de ano. Segundo o presidente da Riotur, 300 mil turistas estão chegando de navio.

“Só no domingo, 30, estaremos recebendo 20 mil turistas em 4 navios para acompanhar o Réveillon. É um boom no turismo brasileiro, é um boom histórico. Ultrapassamos Orlando, Miami. Os números comprovam realmente o desejo de vir para o Rio de Janeiro e para nós é motivo de comemoração No dia 31, vamos brindar a todos essa alegria”, disse Marcelo Alves.

Além de Copacabana, outros três locais receberão o show de fogos: Flamengo, também na zona sul, Icaraí, em Niterói, e Ilha do Governador.

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