Rio quer réveillon com três palcos em Copacabana e festas em mais dez locais

A realização dos eventos, porém, vai depender do cenário epidemiológico da cidade no mês de dezembro, afirmou o prefeito Eduardo Paes; atualmente, o município registra avanço da variante Delta

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Por Marcio Dolzan
Atualização:

RIO - A Prefeitura do Rio anunciou nesta sexta-feira, 6, que a festa de réveillon na cidade terá três palcos em Copacabana e shows em mais dez locais. O anúncio consta em publicação no Diário Oficial do município, que faz chamamento a empresas interessadas em apresentar propostas para os eventos em Copacabana e nas demais regiões.

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O prefeito Eduardo Paes (PSD), no entanto, ressaltou no início da manhã que a realização de fato das festas ainda vai depender do cenário epidemiológico no mês de dezembro. Atualmente, a cidade apresenta um avanço nos casos de contaminação pela variante Delta do coronavírus, o que levanta dúvidas sobre medidas de flexibilização de restrições em vigor atualmente.

"O réveillon é daqui a cinco meses. Se fosse amanhã, seria incoerência (realizar), mas tudo aponta para uma enorme possibilidade de termos, e não dá pra preparar um evento desses em um mês", pontuou Paes, lembrando que há trâmites legais a serem cumpridos para que empresas possam organizar o réveillon.

Vista da queima de fogos na praia de Copacabana, com o Cristo Redentor Foto: Fernando Maia/Riotur

O prefeito admitiu que o anúncio de flexibilização feito na semana passada, que prevê até mesmo a liberação do uso de máscaras dentro de poucos meses, pode não ter sido feito da melhor forma. Segundo ele, a intenção não era fazer um "oba-oba", mas sim sinalizar para uma melhora no futuro. "Eu quero olhar pra frente, a gente precisa se programar. Mas isso não quer dizer que tenhamos tudo resolvido (neste momento)", pontuou. "Se for preciso, a gente faz mais restrição. Se necessário for, não terei o menor temor em voltar atrás."

Retomada dos eventos acontece em três etapas

No último dia 29, a prefeitura do Rio anunciou que pretende eliminar progressivamente as restrições impostas em razão da pandemia. O plano de liberação prevê três etapas. 

Na primeira, a partir de 2 de setembro, serão permitidos eventos em ambientes abertos. Além disso, pessoas que já tenham tomado as duas doses da vacina contra covid-19 poderão entrar em estádios, danceterias, boates, casas de shows e festas em locais fechados. Os espaços terão lotação limitada a 50% da capacidade máxima. 

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No dia 17 de outubro, início da segunda etapa, a lotação destes ambientes será ampliada para 100%, mas continua restrita apenas a quem recebeu o ciclo vacinal completo. 

Em 15 de novembro, as restrições de capacidade deixam de existir, assim como a imposição de distanciamento entre as pessoas. O uso de máscara continua obrigatório somente no transporte público e nos estabelecimentos de saúde. 

Nesta terceira fase, a prefeitura estima que 80% da população terá recebido a primeira dose da vacina e 75%, a segunda. Atualmente, 57% da população recebeu a primeira aplicação e 24% completou o ciclo vacinal.

O cumprimento desse calendário depende de quatro fatores: o recebimento de vacinas conforme a previsão atual, sem atrasos; a manutenção do ritmo atual de imunização; o alcance de uma alta cobertura vacinal para pessoas com mais de 60 anos ou portadoras de comorbidades; o cenário epidemiológico se manter favorável. 

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