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Show dos 450 anos do Rio reúne 40 mil pessoas

Por Roberta Pennafort
Atualização:

RIO - Cerca de 40 mil pessoas foram à Quinta da Boa Vista assistir ao show gratuito em homenagem aos 450 anos do Rio, encerrado com uma queima de fogos de oito minutos. O parque da zona norte da cidade recebeu frequentadores habituais e gente que nunca havia pisado em seus gramados, e que foi atraída por nomes superpopulares da música brasileira, como Zeca Pagodinho, Ana Carolina, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Paralamas do Sucesso.

Caetano Veloso e Baby do Brasil se apresentam no Rio Foto: Wilton Junior/Estadão

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Todos os 21 artistas convidados cantaram músicas que louvam o Rio, de compositores-símbolo da cidade, como Tom Jobim, Noel Rosa, Tim Maia e Braguinha, fossem de seu repertório próprio ou não. Mas poucos se lembraram de mencionar no palco o aniversário da cidade. Gil, que levantou o público com "Aquele Abraço", foi exceção, como foram Toni Garrido, responsável por outro momento de grande entusiasmo, com "Solteiro no Rio de Janeiro", e Frejat, que cantou "Do Leme ao Pontal".

Alguns artistas foram mal aproveitados, como Zeca, talvez o mais esperado da noite, que só cantou uma música, "A voz do morro", e Ana Carolina, que tinha o maior fã-clube e que também só ganhou uma faixa, "Partido Alto". O fim foi com quase todos no palco cantando o hino extraoficial do Rio, "Cidade Maravilhosa" - cuja letra completa ninguém dominava -, e um show pirotécnico caprichado.

A escalação foi pensada para agradar cariocas de todas as idades e classes, mas acabou privilegiando artistas maduros e um canções antigas. Os jovens, maioria da plateia, não reclamaram. "Precisamos de shows gratuitos e na zona norte. É tudo sempre na Praia de Copacabana, que fica muito longe pra gente", exigiu a estudante Juliana Carvalho, de 20 anos, vinda da Pavuna de metrô.

A chuva parecia que ia ameaçar o sucesso do show, ponto alto da programação comemorativa do fim de semana, mas apenas tirou parte do público - a Riotur esperava 60 mil pessoas. "Cheguei aqui às 16 horas, peguei sol, chuva, mas vale a pena. Não tem Zeca e Martinho da Vila de graça todo dia, nem 450 anos do Rio", disse a costureira Maria Solange Rosa, de 69 anos, carioca que mora na Baixada Fluminense. "Lá é mais barato, mas não é bom como aqui". 

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