Unidos da Tijuca apresenta desfile luxuoso e tecnicamente correto

Foi o primeiro desfile tijucano sem o carnavalesco Paulo Barros desde 2010

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Por Fabio Grellet
Atualização:

Rio de Janeiro - Atual campeã do carnaval carioca, a Unidos da Tijuca encerrou a segunda noite de desfiles do Rio de Janeiro apresentando um enredo sobre a Suíça. A viagem pelas características do país europeu era comandada pelo museólogo e carnavalesco Clóvis Bornay (1916-2005), que nasceu em Nova Friburgo e era filho de um joalheiro suíço.

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O enredo foi patrocinado pelo governo e por empresas suíças e fez parte de um projeto de divulgação do país que começou na Copa do Mundo, passou agora pelo carnaval e seguirá até a Olimpíada de 2016.

Foi o primeiro desfile tijucano sem o carnavalesco Paulo Barros desde 2010 – nos cinco anos de sua segunda passagem pela escola, Paulo acumulou três títulos, um vice e um terceiro lugar. A ausência do carnavalesco não comprometeu a Tijuca, que fez um desfile luxuoso e tecnicamente correto.

A história começava a ser narrada por meio da comissão de frente, na qual um figurante representava Clóvis Bornay sentado numa poltrona, em uma biblioteca. Conforme ele recordava a infância, os livros ganhavam vida e se transformavam em personagens.

Para retratar as principais lendas e características da Suíça, a escola usou fantasias de fácil compreensão – arqueiros, numa referência a Guilherme Tell, canivetes suíços,caixinhas de música e fontes de água pura são alguns exemplos. O quinto carro alegórico representava uma fábrica de chocolates, e seus integrantes distribuíam bombons Alpino para a plateia.

A escola concluiu o desfile sem sobressaltos e, ao final, comemorou a boa apresentação aos gritos de “bicampeã”. O resultado sai na tarde da próxima quarta-feira, 18, quando acontece a apuração das notas atribuídas pelos jurados. O júri é composto por 36 julgadores que dão notas de 9 a 10, fracionadas em décimos (9,0; 9,1; 9,2 e assim por diante). A menor das quatro notas nos nove quesitos é descartada.

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