Unidos do Viradouro empolga com luxo e teatralização

Beneficiada até pela comparação com a escola anterior, o Império Serrano de fantasias simples e mal acabadas, a Viradouro deu espetáculo e é séria candidata a retornar no Desfile das Campeãs

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Por Fabio Grellet
Atualização:

De volta à elite das escolas de samba do Rio após quatro anos na segunda divisão (da qual foi campeã em 2018), a Unidos do Viradouro foi a segunda escola a se apresentar no sambódromo do Rio neste domingo, 3, a primeira noite de desfiles na Sapucaí. 

+ Acompanhe desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro 

A rainha de bateria, Raissa Machado, durante a concentração da agremiação Unidos do Viradouro. Foto: Fabio Motta/Estadão

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A escola apostou no aplaudido carnavalesco Paulo Barros, campeão em 2010, 2012, 2014 e 2017, para discorrer sobre contos infantis sob a ótica de um adulto. O fio condutor foi um adulto revisitando os livros que sua avó lhe apresentava quando criança. Daí surgiram personagens como a Branca de Neve, o Gato de Botas, Cinderela, o Soldadinho de Chumbo e o lobisomem. 

A escola esbanjou luxo e empolgou o público, encantado com a teatralização e as alegorias humanas sempre usadas por Paulo Barros. O quinto carro alegórico, um cemitério em que criaturas das trevas saíam dos túmulos, foi um dos que causaram maior impacto: um Motoqueiro Fantasma, outro personagem dos livros, descia da alegoria e circulava pelo sambódromo pilotando sua moto para afastar as criaturas do mal.

Beneficiada até pela comparação com a escola anterior, o Império Serrano de fantasias simples e mal acabadas, a Viradouro deu espetáculo e é séria candidata a retornar no Desfile das Campeãs, que ocorre no próximo sábado, 9, e reúne as seis escolas mais bem colocadas nos dois dias de exibições. 

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