Vigia é condenado a 22 anos por serrar empresária

Em 28 de agosto de 2006, Juarez José de Souza matou Edna Tosta Gadelha Souza e esquartejou seu corpo

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Por Solange Spigliatti
Atualização:

O vigia Juarez José de Souza, acusado de matar e serrar a empresária Edna Tosta Gadelha Souza, no dia 28 de agosto de 2006, em uma clínica veterinária em Botafogo, no Rio, foi condenado na noite de terça-feira, 27, a 22 anos de prisão.   Segundo informações do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o júri decidiu que o vigia vai cumprir 19 anos pelo homicídio e outros três pela ocultação do cadáver. A Defensoria Pública deve recorrer da decisão do 3º Tribunal do Júri.   Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público, no dia do crime, por volta das 13h30, Edna teria ido à clínica veterinária, localizada na Rua Bambina, 165, em Botafogo, onde Juarez era vigia, com a intenção de alugar o imóvel.   Ele reconheceu a vítima, com a qual discutira um mês antes por causa de uma vaga de garagem, e resolveu matá-la por vingança. Para isto, permitiu que ela entrasse na casa e, quando Edna descia do segundo andar, bateu com um pedaço de mármore na parte de trás de sua cabeça, fazendo-a desmaiar. Em seguida, em um outro cômodo, cortou a sua garganta e esquartejou o seu corpo.   Ainda de acordo com o MP, o réu teria utilizado um serrote e colocado depois os pedaços do corpo de Edna em seis sacos pretos, que foram distribuídos em diversas lixeiras do bairro de Botafogo.   Mais tarde, um catador de lixo achou, na Rua Sorocaba, altura do número 667, as pernas dela em um saco, além de sua bolsa e documentos, e a parte superior do corpo na Rua São Clemente, próximo ao 2º Batalhão de Polícia Militar.   O acusado, que era também guardador de carros, comentou que se sentira humilhado porque Edna, diante da recusa de tirar o veículo do local, o teria chamado de "magrinho" e resolveu, então, puni-la.

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