Vítima de estupro coletivo é ouvida e entrará em programa de proteção
Adolescente de 12 anos foi atacada por ao menos quatro homens em 30 de abril, na Baixada Fluminense; crime foi gravado e divulgado nas redes sociais
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Por Clarissa Thomé
Atualização:
RIO - A adolescente de 12 anos vítima de estupro coletivo na Baixada Fluminense entrará no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte. Na manhã desta segunda-feira, 8, ela foi levada ao Centro de Atendimento ao Adolescente e à Criança (Caac), no Hospital Municipal Souza Aguiar. A garota passou por tratamento profilático contra doenças sexualmente transmissíveis e exame de corpo de delito.
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A oferta para o ingresso no programa foi feita nesta segunda-feira, 8, quando a família esteve na Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV).
A menina será ouvida no próprio hospital, e não na delegacia, por policial capacitado para entrevistas com crianças e adolescentes vítimas de violência. O depoimento é gravado, para que ela não tenha que repetir a história para policiais, promotor e juiz.
Protesto em Copacabana pelo fim da violência contra mulher
1 / 10Protesto em Copacabana pelo fim da violência contra mulher
Ato alerta para a cultura do estupro no País
A Praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro,amanheceu com 420 calcinhas estendidas na areia Foto: Fábio Motta/Estadão
Ato alerta para a cultura do estupro no País
Por ano, cerca de 50 mil mulheres são vítimas de estupro no País Foto: Marcelo Sayão/EFE
Ato alerta para a cultura do estupro no País
Ascalcinhas na areia fazem parte de protesto da ONG Rio de Pazcontra a violência contra a mulher Foto: Fábio Motta/Estadão
Ato alerta para a cultura do estupro no País
Asfotos retratam a angústia de mulheres vítimas de abuso Foto: Fábio Motta/Estadão
Ato alerta para a cultura do estupro no País
Os rostostêm a marca de uma mão, em vermelho, como se tivessem tentado calar as mulheres Foto:
Ato alerta para a cultura do estupro no País
Ato na Praia de Copacaba foi motivado apóso caso de estupro coletivo em uma comunidadeRio de Janeiro, que chocou o País e o mundo Foto: Fábio Motta/Estadão
Ato pede fim da cultura do estupro no País
Relembreoutros casos de violência contra o mundo que assustaram o Brasil e o mundo Foto: Fábio Motta/Estadão
Ato alerta para a cultura do estupro no País
As peças de roupa representama quantidade de mulheres estupradas no Brasil a cada 72 horas Foto: Fábio Motta/Estadão
Ato alerta para a cultura do estupro no País
Além das calcinhas espalhadas, doadas pela Duloren,foram expostos painéis com imagens do fotógrafo Márcio Freitas com o tema 'Nunca me calarei' Foto: Vanderlei Almeida/AFP
Ato alerta para a cultura do estupro no País
Antônio Carlos Costa, fundador do Rio de Paz, defendeuações preventivas do poder público em favelas e comunidades de baixa renda para evitar a violênc... Foto: Fábio Motta/EstadãoMais
"Não podemos banalizar a violência. A vítima é uma criança que precisa ser protegida e orientada. Foi machismo, foi abuso sexual e psicológico o que essa jovem sofreu", afirmou o secretário de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres, Átila A. Nunes.
Quatro agressores que aparecem no vídeo do estupro foram identificados por seus apelidos.
A DCAV pediu ao Facebook o "congelamento" dos dois grupos fechados que compartilharam o vídeo do estupro. A medida permite à polícia preservar as mensagens trocadas na rede social, mesmo que os perfis sejam apagados.