05 de setembro de 2019 | 13h46
Atualizado 06 de setembro de 2019 | 12h07
RIO - O governador do Rio, Wilson Witzel (PSC) afirmou nesta quinta-feira, 5, que a estação de metrô inacabada da Gávea, na zona sul do Rio, será aterrada. O motivo é o alto custo previsto para a conclusão da obra, em torno de R$ 1 bilhão. Integrante da Linha 4 do metrô carioca, a obra está parada desde 2015.
“Eu fiz vários estudos na tentativa de concluir a obra. Infelizmente, o custo com aquela obra é de R$ 1 bilhão ou até mais. Nós não temos esse dinheiro”, argumentou Witzel. Segundo o governador, “é mais fácil aterrar e no futuro, quem sabe, se tiver dinheiro, se faz o metrô. Mas infelizmente temos outras prioridades neste momento”.
A Linha 4 do metrô começou a ser construída em 2010 e foi inaugurada, às pressas e sem todo o projeto original concluído, poucos dias antes do início dos Jogos Olímpicos do Rio-2016. A Linha liga a zona sul do Rio à zona oeste. A obra custou quase R$ 10 bilhões aos cofres públicos e, segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), foi superfaturada em R$ 1,3 bilhão.
Em nota, a Secretaria de Transportes informou que a decisão de aterrar a cava de fundação das obras foi causada pela necessidade de reduzir riscos para as pessoas e edificações do entorno.
“Havia três opções de ação direta por parte do Estado: a primeira seria concluir as obras da estação, deixando-a operacional, a um custo de R$ 750 milhões a R$ 1 bilhão; a segunda era concluir a escavação e fazer a concretagem do corpo da estação, com custo de cerca de R$ 300 milhões; e a terceira opção era aterrar a estação a um custo de R$ 20 a R$ 40 milhões”, afirmou a secretaria, por nota. “ Tratam-se de valores estimados e preliminares, que têm por objetivo auxiliar na tomada de decisão.”
Segundo a secretaria, visando à segurança, foi firmado termo de cooperação técnica com a Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio). A instituição fica perto da estação e “conta com corpo técnico gabaritado”, diz o texto.
“Por mais que a atual administração estadual tenha buscado soluções para a conclusão da referida obra, a decisão pelo aterramento considerou as dificuldades financeiras encontradas pela Administração Pública, que inviabilizam o alcance de um desfecho favorável para a sua finalização”, afirmou a secretaria no texto.
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