“Em um piscar de olhos vimos uma cena de filme: duas motos bloqueando a rua e um homem apontando uma arma para o nosso carro. Meu tio continuou dirigindo e bateu em uma das motos. Na hora pensamos apenas ‘Não podemos ficar aqui parados, eles estão armados e vão nos matar’”, disse ela.
A partir desse momento, Joanna diz se lembrar de flashes do que aconteceu, com o som dos disparos e o cheiro forte de pólvora. “Quando estávamos fugindo senti que fui atingida nas costas e disse ‘Fui baleada nas costas, precisamos ir para um hospital agora’”, relatou emocionada. Joanna relatou ainda que o lugar em que ela deveria estar sentada se estivesse usando o cinto de segurança ficou com uma marca de bala. “Tudo acontece por um motivo. Se eu tivesse colocado o cinto, você provavelmente não estaria vendo esse vídeo”, disse.
A jovem foi levada para o hospital e passa bem. A bala ficou alojada em suas costas, mas em um local que não afetou qualquer função vital. Ela fez questão de dizer que continuará vindo ao Brasil e ao Rio. “Queria dizer que o carnaval foi incrível, passamos três noites nos divertindo, nos fantasiando, passando purpurina no rosto e vendo todos se sentirem totalmente vivos”, disse.
Nascida no Rio, Joanna deixou o Brasil com sua mãe aos cinco anos de idade para viver em Connecticut, nos Estados Unidos. Ela veio ao Brasil visitar seu pai, tios e primos que moram na Tijuca, zona norte do Rio.“Minha família morou lá a vida toda. Não é uma área particularmente perigosa. O Rio é perigoso, mas não quero dizer que as pessoas não devem visitar o Brasil, que é tão lindo. Esta é uma história particular”, afirmou Joanna.
O Estado entrou em contato com a Polícia Civil do Rio para saber se o caso está sendo investigado, mas até a publicação destareportagem não teve resposta.