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Sismógrafos a 100 quilômetros de Brumadinho captaram rompimento da barragem

De acordo com o Centro de Sismologia da USP, o escoamento da lama foi registrado por sismógrafos em Bom Sucesso e Diamantina, em Minas

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Por Roberta Jansen
Atualização:
Equipes do Corpo de Bombeiros buscam por vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Foto: Douglas Magno/AFP

A tragédia de Brumadinho foi tão intensa que pôde ser captada por sismógrafos localizados a 100 quilômetros de distância da barragem do Córrego do Feijão, que entrou em colapso na última sexta-feira, 25, matando pelo menos 60 pessoas.

De acordo com o Centro de Sismologia da USP, o escoamento da lama foi registrado por sismógrafos em Bom Sucesso e Diamantina, em Minas. A enxurrada foi registrada por aproximadamente cinco minutos após o rompimento da barragem, segundo apontaram os aparelhos.

O Centro de Sismologia descartou completamente a hipótese de que o colapso da barragem esteja relacionado a algum tremor de terra na região. “Não há nenhuma evidência ou registro de tremor de terra natural na região da Mina do Córrego do Feijão, da Vale. Nem em dias anteriores.

O último tremor registrado em Minas Gerais ocorreu próximo à cidade de Januária, no dia 21 de janeiro, com magnitude de 2.7. Ele foi muito fraco e está muito distante para ter qualquer influência na barragem”, informaram os especialistas no site do centro. “Mesmo que estivessem ocorrendo tremores, eles precisariam estar exatamente embaixo da barragem para ter algum efeito perceptível.”

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